The Same Old History.

Quando paramos pra pensar na falta que fazia, já era tarde demais e nem fazia tanta falta assim.

Irmãos se amam, e querem sempre se amar quando não estão se detestando.

Não conto histórias que sejam mais desinteressantes do que eu mesmo já sou, mas hoje acho que eu queria contar uma:

Era uma vez duas pessoas inerentemente iguais, separados por diferenças de horário e outras que eu mesmo não sei ( e nem me importo ) explicar, que vieram antes do que deviam ao mundo, e um deles quase pagou com a vida por isso, diferenças na vida, na quase não vida...

Mas uma coisa eles tinham em comum: Ausência.

Existem coisas que fazem uma grande diferença na vida de uma criança..eu acho (porque eu sinceramente, de coração não sei dizer) ter um pai é uma delas.
Quem vai na sua reunião de pais?
Quem te ensinou a jogar bola?
Quem é o seu herói?

Essas duas pessoas não sabem explicar...na verdade, nós que vivemos nessa mesma condição não sabemos, mas como é de praxe, tudo é crescimento, aprendizado...quem não tem saida, encontra, quem não tem solução, se desdobra, doa de si, vive por quem ama, e essa foi a história desses dois, do nada existe esperança, e no meio das condições que nem existiam a vida surge, a vida segue...a vida se renova.

As vezes pensar é tão desesperador, minhas imperfeições me fazem ver o quanto somos minúsculos, menos o amor incontrolável que sempre sinto.
A ausência nos fez sofrer, crescer e entender que as pessoas que amamos e vamos amar no futuro não precisam passar por isso.

E no fim, essas duas pessoas vivem hoje, cada um no seu lugar no mundo, na cabeça a saudade do invisivel, o presente é um presente, as dores são uma força a mais...me olho no espelho nada parecido que é a minha irmã gemea...e digo:



Vencemos.






E eu te amo.






[ para minha irmã Claudia ]